terça-feira, setembro 25

É preciso aprender a sofrer

É preciso aprender a sofrer e fazer do sofrimento um aprendizado ou, quando possível, um amuleto.
Quem não conhece um homem feio, baixinho e confiante?
Aquele homem para quem você olha e se pergunta: como ele pode ter tantas mulheres lindas e inteligentes ao seu redor?
Mas há, também, muitos homens feios, baixinhos e tristes.
Esses, por outro lado, deixaram o desafio lhes superar.

Quando falo em desafio, não me refiro apenas aos de aparência, mas a todos aqueles que podem corromper o ser humano.
Os desafios existem para nos fazer evoluir. No entanto, crescer ou não é uma escolha própria. Há quem evolua e há quem se destrua, quem plante as próprias frustrações, tornando-se um amargurado.

Você conhece o discurso de uma pessoa fracassada e, portanto, infeliz? Ele começa por meio de justificativas. O sujeito procura, em todo o tempo, explicar o porquê de não ter conseguido, alcançado, amado.

Já a pessoa confiante, por outro lado, frequentemente fala sobre suas falhas. Ela não tem vergonha em exibi-las, pois sabe que muitas delas foram o motivo principal que as levou a ser um ser humano admirável. E, por isso, a todo o momento essa pessoa costuma analisar a si mesma, a fim de ser, cada vez mais, melhor.

No amor, por exemplo, um sujeito fracassado costuma não dar valor a si mesmo. Ele apenas procura.
Procura e, logo que encontra, namora.
Namora porque precisa prender, segurar. Do contrário, acredita que ficará sozinho.
Ele acredita que nasceu na família errada, que seu pai não lhe ensinou como tratar uma mulher. Ou diz que não tem um bom papo, que não é engraçado. Ou que faltou a algumas aulas na academia. Desculpas não faltam. A cada mulher que encontra é uma nova paixão que nasce.

O homem charmoso, por sua vez, esbanja de amor próprio. Conhece muitas, convida poucas para sair e escolhe pouquíssimas para amar. Seu objetivo está em alcançar qualidade. Ele é curioso e deseja saber se a morena tem o abraço melhor do que a ruiva ou se a arquiteta é mais inteligente do que a fisioterapeuta.
Ele demora para se apaixonar, mas é a paixão de muitas delas. Todas gostariam de estar ao seu lado.

Este último homem, diferente do que o homem anterior imagina, também teve inúmeros problemas. Uma de suas ex namoradas o traiu e ele, ao invés de se sentir o coitado, se sentiu o privilegiado. Não ficou ao lado de uma pessoa falsa e encontrou outra melhor.

O homem, a mulher, enfim, o indivíduo confiante sabe sofrer. Ele também chora, claro. Chora bastante, inclusive. Ele respeita sua dor. E também sua vitória. Ele analisa os momentos de dificuldade como oportunidade de evolução. Diz que os elogios que hoje recebe por ser um bom administrador são fruto de sua infância, época em que seus pais não tinham dinheiro e ele precisava poupar. Ele não se envergonha da falta, mas se orgulha do aprendizado.

1 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom malinha

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Um conjunto de antíteses e uma mente apaixonada, que pulsam juntos em forma de sonhos. Graduanda em Psicologia e ex-estudante de Jornalismo na UFRGS.

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