segunda-feira, abril 19

Ocupando lugar no espaço.



  Ao observarmos outras culturas, surpreendemo-nos com alguns de seus costumes. Questionamos como é possível pessoas se relacionarem de maneira diversificada, crerem em símbolos que para nós são de simples uso diário ou mesmo se alimentarem de animais ou de ervas que não degustamos. Dentre todos esses itens, um que instiga a todos é a morte e de que forma ela é vista em cada local.
    Há inúmeras crenças sobre o que ocorre ou não depois que deixamos esta Terra. Fato é, em certo momento, todos nos vemos em reflexão sobre tal acontecimento, que mexe com nossas emoções, nosso inconsciente, nossas crenças, lembranças.
  Embora julguemos estranhas muitas das atitudes de outras sociedades, por algumas fazerem parte de nosso dia a dia, não conseguimos enxergar aquelas que também possuem "um quê" de anormais em nosso meio. Você já parou pra pensar sobre porque costumamos enterrar nossos entes queridos? 
   Hindus e gregos, por exemplo, procuravam incinerar seus mortos, mesmo que por diferentes motivos _ já que o primeiro marca a destruição integral da existência, para se ver livre dos pecados, enquanto o povo grego preparava-os para outra condição de existência, para a perpetuação de uma "vida diferente" . Ocidentais, por outro lado, procuram enterrar os mortos; costume que provém de um culto à carne e às características dos indivíduos, que seriam guardadas por meio de seus corpos. De geração em geração, o costume é passado e nenhum de nós se opõem a tal atitude.
  De alguma forma, isto me instiga e me faz pensar de forma diferente. Observo problemas na existência de cemitérios,cujo único intuito é ocupar lugar no espaço. Algum de vocês teve a oportunidade de enxergar um "corpo" depois de alguns anos dentro de um caixão? Não resta nada, porque não é a carne que possibilitou o carinho, as lembranças. Por que permitir que partes como essas sejam guardadas? Corpo é apenas uma forma pela qual nos expressamos, mas não há motivo para que seja venerado de maneira exorbitante, principalmente depois de que acaba a existência. Não vejo valor, proveito ou motivo para que corpos sejam depositados em algum ambiente, acho sim que é interessante a doação de órgãos ou mesmo de toda a estrutura para que seja usufruída como estudo, como fonte de futuros conhecimentos. Às vezes, comento com amigos que gostaria de que meu corpo fosse depositado em uma floresta para que servisse de adubo para as plantas e, embora pensem que estou brincando, expresso isto com seriedade.
  Sei que muitos hão de me criticar, me acharão insensível, contudo, sinceramente, acredito que sou mais sensível por pensar desta maneira. Enxergo o que há de verdadeiro nas pessoas, aquilo que elas amam, prezam, cuidam e tudo isso não se reflete em suas estruturas corporais, mas no modo como se portam, como falam, como agem, como vivem. Vejo sensibilidade no pensar, no questionar alguns de nossos costumes que só existem porque ainda não estamos abertos à mudança, ao avanço, a formas diferentes de se observar. 
   Trato de um exemplo realmente instigante, mas há inúmeros tratados por nós com o mesmo egoísmo. Creio que, em nossa vida, há mais restos guardados e amontoados de maneira desastrosas  do que a vida em sua essência, que procura o simples prazer, que valoriza o peculiar, o diferencial, o marcante. É  simplismente penoso que cheguemos a este ponto.

 Assim inicio a semana e deixo meus sinceros abraços. Até mais.
sexta-feira, abril 9

Meu Chuavinismo pelo BBB


    Não, não gosto de carnaval; não, não gosto de BBB e nem de novelas. Não, meu objetivo não é te agradar. Não pense que sou chata, talvez seja um pouco, mas não tanto quanto parece, apenas uso o pouco da porcentagem que meu cérebro permite para raciocinar.
   Já faz mais de uma semana que o programa acabou e aqui estamos nós, não-milionários e não-famosos, apenas com contas de telefone para pagar. Se você quer eliminar o BBB-fulano, ligue "030 ..." . Qual é mesmo o número? Você sabe melhor do que eu.
   A alienação é algo mágico. Pessoas se propõem a admirar a falácia de um programa de manipulação de massas, enquanto deveriam fazer de suas vidas algo que instigassem os outros a observarem-as por 24h, afinal, a inveja é sinal de que há algo concreto para que se deseje. Como isso não ocorre, o melhor é nos iludirmos assistindo ao programa e, a cada dia, nos tornando mais burros. Burros, o que é isso, Laura? Ah, deixo para vocês um texto escrito por David Coimbra, ele simplesmente arrasou:

                                                  Saiba como ficar burro sem sair da sala.
   Se você foi um dos capazes de chegar até este ponto da postagem, pense cá comigo por um instante. Você já se deu por conta do quanto somos capazes de criticar inúmeros dos problemas de nosso país, apesar de não dedicarmos nem mesmo o tempo de um episódio de BBB para pesquisar a respeito disso? Embora minha linguagem seja exacerbada, não sou contra o fato de você ir a bailes de carnaval, assistir ao BBB ou a novelas, desde que esteja consciente sobre as más e boas consequências que isso lhe causa. Meu objetivo aqui não é decidir o que você, meu amigo ou tio assiste, minha proposição é: imagine-se dedicando semelhante tempo dos programas à política, por exemplo. Pode ser uma suposição com tendência falaciosa, porém tenho quase certeza de que não haveria tanta alienação no meio de nossa população e, consequentemente, nossa realidade teria um alicerce muito diferente da atual para fundamentar suas ideias e agir na verdadeira democracia que hoje é apenas um conceito legislativo, jamais uma realidade do brasileiro.
   Vá aonde quiser, assista ao que lhe agrada, mas, por favor, não exija , não critique o que você não conhece, tenha argumentos, saiba o que está dizendo e, então, tenha o direito de julgar. Desta forma, todos darão maior atenção a suas palavras e, sim, poderemos tratar sobre assuntos que sejam do conhecimento de toda a população assim como nosso querido BBB e, ao mesmo tempo, nos levem ao debate, ao raciocínio, à mudança. Luto pelo dia em que o progresso gere a mesma polêmica, instigue e produza o mesmo interesse que existe pelos programas de entretenimento. Não é utopia, é vontade de enxergar.

Um ótimo final de semana para todos.
Laura M.S.

Você Mais Próximo do Blog

   Visitando alguns blogs, percebi que às vezes é de nosso interesse ter contato com o autor; por isso, estou abrindo essa página em que vocês poderão entrar em contato comigo.

Sugestões, reclamações, curiosidades, parcerias serão feitas por aqui. Portanto, deixo o e-mail para quem tiver interesse: lauramarzullo92@yahoo.com.br
     
"Coisas de Laurinha"
                                                  Olá galera, tudo em cima?
   Estranhou minha maneira de falar? Então vai se acostumando, sou nova blogueira da Gang e é dessa forma que vou me comunicar por lá. A partir deste mês, junho, inicio postagens no blog da Gang (loja de moda jovem na região Sul). Uma vez por semana, serei a responsável por mantê-los informados a respeito das novidades do cinema e também de alguns filmes que já passaram, mas que por algum motivo, seja por uma data ou tema especial, estarão sendo comentados e indicados. A Gabriela Fontanella, que é editora oficial do Blog Gang, foi quem me selecionou e eu agradeço a ela por essa oportunidade.
 Já realizei duas postagens por lá e, se você quiser conferir, deixo os links a seguir.


Minha Apresentação no Blog
Primeira Participação
*Dica para O Dia dos Namorados


Bom, essa tem sido uma oportunidade diferente, é uma nova maneira que tenho de me expressar e estou achando muito interessante, já que lidarei com filmes, uma área que prende minha atenção.
   Assim como vocês têm acompanhado meu blog, espero que também possam dar uma passadinha e observar as postagens no Blogang, será um enorme prazer vê-los conferindo esse trabalho. Abraços a todos, até a próxima!
quinta-feira, abril 8

A Marca de Uma Infância



Marca usada em cartas, em depoimentos e também quem nomeou o blog.

   Todos que me conhecem sabem que costumo tomar atitudes um tanto quanto curiosas, aquelas que ninguém tem coragem de expor no meio social. Tais atitudes se fazem presentes desde a infância e, nessa época, quando realizava uma travessura que levava minha mãe a me questionar sobre tal ação, simplismente sussurava em seu ouvido: "Mãe, são coisas de Laurinha.". A partir de então, a frase se familiarizou e permanece presente até hoje.
   Por isso, a expressão é o nome deste blog. Fique disposto(a) a conviver com muitas dessas "coisas" por meio de cada postagem, elas podem fugir do meio comum, porém, com certeza, são espontâneas e lhe darão a oportunidade de saber como sou na mais clara das transparências, se é que aceitas a hipérbole.

Desde já, lhe agradeço pela presença.
Abraços e até mais.

Bem-vindos!

Minha foto
Um conjunto de antíteses e uma mente apaixonada, que pulsam juntos em forma de sonhos. Graduanda em Psicologia e ex-estudante de Jornalismo na UFRGS.

Eles aprovam: